Barão tem IDH superior ao da Suíça

Barão Geraldo é uma das áreas de Campinas que possui índices de qualidade de vida entre os mais altos do mundo e superior ao IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de países como Noruega, Suíça e Austrália. Esse é um dos resultados do “Atlas de Desenvolvimento Humano da Região Metropolitana de Campinas“, realizado pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) que foi apresentado no último dia 1/7 na sede do Ciesp Campinas. Tal pesquisa – que é realizada em todo o mundo – foi realizada para a EMPLASA (Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano) em parceria com o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada e  (Ipea) e a Fundação José Pinheiro.
O IDHM é baseado nos parâmetros e  dados do Censo 2010  do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e calculado como média geométrica entre três índices: o de renda, o de educação e o de longevidade. E a partir desses parâmetros é calculado entre 0 e 1:. Ou seja, quanto mais próximo de zero, pior o desenvolvimento humano. E quanto mais próximo de um, mais próximo do ideal da alta qualidade de vida.  E com base  nesses parâmetros, a equipe do PNUD dividiu Campinas em 187 áreas – ou o que eles chamam de ” Unidades de Desenvolvimento Humano” (UDH).
O resultado geral já era esperado: um “apartheid” sócio-cultural entre regiões do Norte e as do Sul. Segundo o levantamento, oito UDH´s  ou áreas de Campinas, têm o IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) “muito alto” ou considerado um dos maiores do mundo: (0,954): São os bairros de  Alphaville, Gramado, Barão do Café, Condomínio Plaza Towers, Estância Paraíso, Parque Prado, Paineiras e Vila Verde.
Segundo o PNUD esses índices são superiores aos maiores IDH´s do mundo.  Mas embora a metodologia do IDH dos países seja calculada com base em outros critérios, os índices dessas UDH superam o IDH de países como Noruega (0,944), Suíça (0,933) e Austrália (0,917), os três maiores IDHs do mundo. Inclusive o de Barão Geraldo e Cidade Universitária que está em 0,941
Por outro lado 12 áreas/bairros (ou UDH´s) ficaram com os piores índices de Campinas (0,636) foram: Oziel/Monte Cristo, Satélite Íris, Jardim Pauliceia, Jd São Sebastião, Conj. Habit. Olímpia, Cristo Redentor, Jardim Boa Esperança, Jd. Eulina, Jd.Santa Lúcia e Jd Maracanã. Tais áreas possuem um  IDHM comparável a de países como Guiana, Vietnã, Cabo Verde e Micronésia., :
 A “renda per capita”  (isto é, a média de rendas por pessoa da região) das regiões mais ricas como Alphaville, Gramado e Barão do Café é de R$ 4.536,72.  Mais de 10 vezes superior à das regiões de menor IDHM, como: Conjunto Habitacional Olímpia, Pauliceia e Residencial Chico Amaral, onde a renda per capita é de apenas R$ 422,38.
As desigualdades se refletem também na Educação. Se mais de 70% dos moradores acima de 25 anos de Alphaville, Alto da Nova Campinas e Jardim Botânico possuem curso superior, por outro laod,  no Jardim Sapucaí, Residencial Gênesis e Vila Esperança, o índice de moradores que cursaram faculdade não chega a 0,74% do total de habitantes. Nesses bairlros, a quantidade de pessoas consideradas pobres (isto é, com renda domiciliar per capita igual ou abaixo de R$ 140,00 mensais) é de mais de 12% do total de moradores.

Educação eleva índices de qualidade de vida

O PNUD tambem apontou que houve uma melhora nos indicadores de educação desde o último Censo realizado em 2000 em quase todas as regiões.  Tal melhora fez com que as regiões da Grande Campinas e da Baixada Santista aumentassem seu IDHM. E foi efetivada pela melhoria mais significativa na área de educação do que em renda ou longevidade. O IDHM geral passou em Campinas de 0,710 para 0,792 e, em Santos, de 0,7 para 0,777.

Já o IDHM Educação passou em Campinas de 0,582 para 0,726 e, em Santos, de 0,579 para 0,720.
Para formar o índice de Educação leva-se em consideração o percentual da população com mais de 18 anos com Ensino Fundamental, o percentual de crianças de 5 a 6 anos matriculados na escola, o percentual de jovens de 11 a 13 anos nos anos finais do Ensino Fundamental, o percentual de jovens de 15 a 17 anos com Ensino Fundamental completo e o percentual de jovens de 18 a 20 anos com Ensino Médio completo. As duas regiões tiveram uma melhora mais significativa no indicador sobre o número de crianças de 5 a 6 anos na escola. Em Campinas, o percentual passou de 71,98% para 95,64% do total da população crianças nessa faixa etária. E em Santos passou de 77,35% para 93,73%.
No lançamento  o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Urbano de Campinas, Fernando Pupo Vaz, disse que a prioridade da prefeitura é dar mais atenção às regiões de menor índice e mais “vulneraveis”, embora sem deixar de lado as regiões mais ricas.

Medidas do I.D.H.M. por bairro

  • Alphaville:                              0,954
  • Gramado:                               0,954
  • Barão do Café:                       0,954
  • Cond. Plaza Towers:             0,954
  • Estância Paraíso:                   0,954
  • Parque Prado:                        0,954
  • Paineiras:                               0,954
  • Vila Verde:                              0,954
  • Barão Geraldo / Unicamp:      0,941
  • Centro / Cambuí:                     0,941
  • Jardim Chapadão:                    0,941
  • Nova Campinas:                       0,941
  • Parque Itália:                             0,941
  • San Conrado:                             0,941
  • Bosque:                                      0,912

Residencial Gênesis:           0,651

Jardim Ieda:                         0,651

Conj. Habit. Olímpia:         0,636

Jardim Pauliceia:                0,636

Jardim São Sebastião:        0,636

Satélite Íris:                          0,636

Resid. Chico Amaral:          0,636
Cristo Redentor:                  0,636
Jardim Boa Esperança:      0,636
Jardim Eulina:                     0,636

Jardim Maracanã:              0,636

Jardim Santa Lúcia:           0,636

Parque Campinas I:            0,636

Oziel / Monte Cristo:          0,636

Residencial São Luís:          0,636

Veja todos os dados em

http://www.pnud.org.br/idh/Atlas-Regioes-Metropolitanas.aspx?indiceAccordion=1&li=li_AtlasRegioesMetropolitanas

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3 comentários

  1. Na minha opinião, em Barao Geraldo precisa melhorar o asfaldo das ruas, a segurança e a limpeza de baguios jogados por moradores.Provavelmete repúblicas, no mais BG é tudo de bom.

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